VI Encontro Systemics Across Languages (SAL)
V Seminário de Formação Docente PIBID - Português
O EVENTO
O Projeto Systemics Across Languages - SAL é orientado teoricamente pela Linguística Sistêmico-Funcional, teoria social da linguagem criada nos anos 1960, por Michael Halliday. No Brasil, o SAL iniciou-se oficialmente na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP), em 2006, coordenado pela Profa. Dra. Leila Barbara em parceria com Dr. Christian M.I.M Matthiessen. Trata-se de um projeto que investiga a linguagem em uso nos mais diversos contextos – social, acadêmico e institucional. Alinha suas discussões às realizadas pelas associações de Linguística Sistêmico-Funcional, dentre elas, ISFLA (Internacional Systemic Functional Linguistic Association) e ALSFAL (Associação de Linguística Sistêmico-Funcional da América Latina). Atualmente, o SAL congrega pesquisadores de diferentes universidades brasileiras, dentre elas, PUCSP, UNB, UFSM, UNIFESP, UFSC, UEC, UPG, UFRGS, e realiza, anualmente, desde 2011, encontros em diferentes universidades do Brasil para discutir aspectos teóricos e metodológicos visando apresentar as contribuições dessa teoria para a área dos estudos da Língua Portuguesa e Línguas Estrangeiras.
MINICURSO – VI Encontro SAL
08 de abril de 2016
ATELIÊ DE TEXTOS: EXPERIÊNCIAS DE ENSINO E
APRENDIZAGEM DE PRODUÇÃO DE TEXTOS NO ENSINO FUNDAMENTAL
Ministrantes: Carla Carine Gerhardt e
Sabrine Weber
Orientadora: Cristiane Fuzer
Neste minicurso, apresentamos experiências
vivenciadas em um processo de leitura e produção escrita voltado para a
educação básica, desenvolvido no âmbito do projeto de ensino e extensão “Ateliê
de Textos: práticas orientadoras para o processo de produção e avaliação de
textos na perspectiva textual-interativa” (FUZER, 2011), da UFSM, do qual
participam, desde 2011, estudantes de licenciatura em Letras como mediadores
das oficinas voltadas para alunos dos Anos Finais do Ensino Fundamental em
escolas públicas de Santa Maria e região. O projeto tem por finalidade “contribuir
para o aprimoramento de conhecimentos teórico-metodológicos e habilidades de
professores em formação da área de Letras, além de beneficiar a comunidade com
resultados de pesquisas recentes e consolidadas sobre a linguagem, com
estratégias para o uso contextualizado da leitura e escrita" (FUZER,
2015). Neste minicurso, são apresentados os principais procedimentos desenvolvidos
na oficina em 2015, considerando aspectos da Pedagogia de Gêneros e o Ciclo de
Ensino e Aprendizagem da Escola de Sydney (MARTIN e ROSE, 2008; ROSE e MARTIN, 2012),
que utilizam os pressupostos teóricos da Linguística Sistêmico-Funcional
(HALLIDAY, 1994, 2004). São exemplificadas atividades de desconstrução de
gêneros, de construção conjunta e de construção individual, ilustradas por meio
do processo de escrita e reescrita de um aluno participante da edição 2015 do
Ateliê de Textos.
VI
Encontro Systemics Across Languages
V Seminário de Formação Docente
PIBID Português
PERÍODO DE REALIZAÇÃO: 07 e 08 de abril de 2016
LOCAL: Auditório Celso Pedro Luft -
Instituto de Letras – UFRGS
Porto
Alegre - RS.
COMUNICAÇÕES COORDENADAS
Dia 07/04/2016
das 11h às 12h
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Sessão 1
- Auditório Luft
Comunicação
Coordenada 1
UMA
TEORIA E DIFERENTES APLICAÇÕES
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Título
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Autor
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1 - JULGAMENTOS EM EDITORIAIS: UMA
ANÁLISE COMPARATIVA
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Glivia Guimarães Nunes (UFSM)
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2 - ENGAJAMENTO EM NOTÍCIAS DE DOIS
JORNAIS DE SANTA MARIA SOBRE A POLÊMICA DA NOVA ADMINISTRAÇÃO DO HUSM PELA
EBSERH: UMA ANÁLISE SOB A LUZ DA AVALIATIVIDADE
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Ariane de Fatima Escobar Rossi Niederauer (UFSM)
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3 - DISCURSO POLÍTICO DE LULA: O
PAPEL DO MARCADOR “NÃO” NA CONSTRUÇÃO DA PERSONA TEXTUAL
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Erick Kader Callegaro Correa
(UFSM)
Sara Regina Scotta Cabral (UFSM)
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4 - O USO DA GRAMÁTICA
SISTÊMICO-FUNCIONAL COMO INSTRUMENTO DE ENSINO DE LEITURA E ESCRITA EM SALA
DE AULA
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Lauro Rafael Lima (UFSM)
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Dia
08/04/2016 – das 8h às 9h
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Sessão 2 – Auditório Luft
Comunicação coordenada 2
LEITURA SOB A PERSPECTIVA DA LSF EM CONTEXTOS EDUCIONAL E
INSTITUCIONAL
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1 - GÊNEROS SOB A PERSPECTIVA DA
ESCOLA DE SYDNEY: UMA ANÁLISE EM LIVRO DIDÁTICO DE LÍNGUA PORTUGUESA
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Carla Carine Gerhardt (UFSM)
Cristiane Fuzer (UFSM)
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2 - ESTUDANDO A “VIA LÁCTEA”:
EXPLICAÇÃO HISTÓRICA COMO MACROGÊNERO EM LIVRO DIDÁTICO DE CIÊNCIAS
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Thiago Santos da Silva (UFSM)
Cristiane Fuzer (UFSM)
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3 - RELAÇÕES DE PROJEÇÃO E EXPANSÃO EM BOLETINS DE
OCORRÊNCIA DE CRIMES DE LINGUAGEM CONTRA
A HONRA
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Marcos Rogério Ribeiro (UFSM)
Cristiane Fuzer (UFSM)
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4 - A MODALIDADE EM DISCURSOS
AMBIENTALISTAS: A VOZ DOS POLÍTICOS E A VOZ DOS ESPECIALISTAS EM GÊNEROS QUE
COMPÕEM AS AUDIÊNCIAS PÚBLICAS
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Amanda Canterle Bochett (UFSM)
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COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS
Dia
07/04/2016 das 11h às 12h
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07/04/2016
- Sessão 3 – Sala 205
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1 - ESTUDO DO CONTO – UM GÊNERO DA
FAMÍLIA DAS ESTÓRIAS – PARA O ENSINO DA LEITURA E DA ESCRITA
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Rosana Muniz Soares (UnB)
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2. DISCURSOS DE POSSE DOS
PRESIDENTES BRASILEIROS DE 1985 A 2015 - ANÁLISE DA INTERPESSOALIDADE A
PARTIR DA PERSPECTIVA LINGUÍSTICA SISTÊMICO-FUNCIONAL
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Daniela Leite Rodrigues (UFSM)
Sara Regina Scotta Cabral (UFSM)
José Iran Ribeiro (UFSM)
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3 - GOVERNOS BRASILEIROS
PÓS-DITADURA E O RASTREAMENTO DE IDENTIDADES: CONTRIBUIÇÕES DA
LINGUÍSTICA SISTÊMICO-FUNCIONAL PARA GÊNEROS TEXTUAIS DA HISTÓRIA
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Kelly Cristina Nunes de Oliveira (UnB)
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4 - IMPEACHMENTNÃO É GUERRA: NEGAÇÃO
COMO ESTRATÉGIA DE AVALIAÇÃO
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Daniela Zenatto Jornada (UFSM)
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07/04/2016
- Sessão 4 – Sala 120
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1 - POSICIONAMENTO DE ALUNOS DE
BACHARELADO EM LETRAS EM RELAÇÃO À ATIVIDADE DE REVISÃO DE TEXTOS
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Halyne Maria Stefani do Porto, UFSM
Francieli Matzenbacher Pinton, UFSM
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2 - A ANÁLISE DO GÊNERO CRÔNICA À
LUZ DA LINGUÍSTICA SISTÊMICO-FUNCIONAL
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Daiéle Medianeira Campaiolo (Centro Universitário
Franciscano)
Valeria Iensen Bortoluzzi (Centro Universitário
Franciscano)
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3
- AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA AULA DE HISTÓRIA: A CARTA PESSOAL COMO FORMA DE
SISTEMATIZAR O CONHECIMENTO
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Valeria Iensen Bortoluzzi (UNIFRA)
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4. A AVALIATIVIDADE EM TEXTOS
ARGUMENTATIVOS PRODUZIDOS NA ESCOLA – CONSIDERAÇÕES INICIAIS
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Francieli Matzenbacher Pinton, UFSM
Gabriela Eckert Pereira, UFSM
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07/04/2016
- Sessão 5 – Sala 106
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1.
ANÁLISE DOS ATOS DE FALA ATRAVÉS DAS SEQUÊNCIAS
DIALOGAIS: UM NOVO ASPECTO INTERPRETATIVO.
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Patricia de Andrade Neves (PUC-RS)
Gabrielle Perotto de S. da Rosa (PUC-RS)
Patrícia Martins Valente (PUC-RS)
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2 - A PROVA DE REDAÇÃO DO ENEM NA
PERSPECTIVA DA PEDAGOGIA DE GÊNEROS DA ESCOLA DE SIDNEY
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Érica Tex Vasconcellos (UNIFRA)
Valeria Iensen Bortoluzzi (UNIFRA)
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3 - CONSIDERAÇÕES A RESPEITO DO
CONCEITO DE CULTURA NAS TEORIAS
LINGUÍSTICAS SISTÊMICO-FUNCIONAL E ENUNCIATIVA: ENCONTROS E DISTANCIAMENTOS
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André Barbosa Bernhard (UFRGS)
Raiany Tomazzi (UFRGS)
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4. O ENSINO DE LÍNGUA MATERNA SOB
A PERSPECTIVA DA ESCOLA DE SYDNEY: UMA PROPOSTA DE LEITURA E ESCRITA DE TEXTOS
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Carolina Zeferino Pires (UFRGS)
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07/04/2016
- Sessão 6 – 105
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1 . GÊNEROS TEXTUAIS: UM ESTUDO
COMPARATIVO ENTRE LIVROS DIDÁTICOS
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Fabiana Aparecida de Assis
(UnB)
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2 - O QUE É LÍNGUA?: AS NOÇÕES DE
LETRAMENTO, PELA PERSPECTIVA DA LINGUÍSTICA SISTÊMICO FUNCIONAL, E
COMUNIDADES DE PRÁTICA NA ANÁLISE DE TEXTOS ESCOLARES DE ENSINO MÉDIO
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Marcelo Gonçalves Maciel (UFRGS)
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3. A LINGUAGEM COMO PRÁTICA SOCIAL
SOB A PERSPECTIVA DA LINGUÍSTICA SISTÊMICO FUNCIONAL
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Marcia Maria Godoy (UNIFRA)
Valeria Iensen Bortoluzzi (UNIFRA)
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4 - A AGNAÇÃO COMO AMBIENTE DA
TRADUÇÃO
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Rafael Lamonatto (UFRGS)
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5. REFLEXOS DOS
PRESSUPOSTOS SAUSSURIANOS NA LINGUÍSTICA SISTÊMICO-FUNCIONAL DE HALLIDAY
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Tânea Maria Nonemacher (UFRGS / Instituto Federal
Farroupilha)
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07/04/2016
- Sessão 7 – Sala 207
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1-
GUIA DIDÁTICO DO PROFESSOR SOBRE FRASEOLOGIA: UMA NECESSIDADE
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Jacqueline Vaccaro Teer (UFRGS)
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2.
PRÁTICA COMUNICATIVA NO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA NO ESTÁGIO CURRICULAR
OBRIGATÓRIO
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Andressa Regiane Gesser (FURB)
Larissa PatriciaTheiss (FURB)
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3.
A IMPORTÃNCIA DA FORMAÇÃO DE FORMADORES
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Luana Barbara Smeets
(PUC SP)
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4 - EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE: CONHECENDO O
BRASIL POR MEIO DE LINGUAGENS
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Andressa Regiane Gesser – FURB
Larissa PatriciaTheiss – FURB
Silvane Oliveira – E.B.M Machado de Assis
Luana Ewald – FURB
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Dia
08/04/2016 – das 8h às 9h
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08/04/2016
- Sessão 8 – Sala 120
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1
- ENSINO-APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA POR MEIO DOS GÊNEROS DISCURSIVOS: UMA
ANÁLISE CRÍTICO-REFLEXIVA À LUZ DA LINGUISTICA SISTÊMICO-FUNCIONAL
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Gabriela Coelho Oliveira (PUC-RIO)
Adriana Nogueira Accioly Nóbrega (PUC-RIO)
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2
- ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA COMO L2 PARA SURDOS: PROPOSTA DE UNIDADE
DIDÁTICA SOB A PERSPECTIVA SISTÊMICO-FUNCIONAL
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Fernanda Beatriz Caricari de Morais(UNIRIO)
Osilene Cruz (UNIRIO)
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3 - A COLEÇÃO FORMACIÓN EN
ESPAÑOL: LENGUA Y CULTURA: UM DEBATE SOB O PAPEL DO ALUNO E DA CULTURA
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Michele Mafessoni de Almeida (UFRGS)
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4
- REPRESENTAÇÕES DOS PAPÉIS DE PROFESSOR E ALUNO POR ESTUDANTES DO ENSINO
MÉDIO
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Eliseu Alves da Silva (UFSM/EEEM Cilon Rosa)
Maísa Helena Brum (UFSM)
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08/04/2016
- Sessão 9 – Sala 205
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1 - A DISTRIBUIÇÃO TEMÁTICA EM
TEXTOS ACADÊMICOS: UMA ABORDAGEM DISCURSIVO-FUNCIONAL
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Fernando Suarez de Oliveira (UFMG)
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2 - ARTIGOS ACADÊMICOS
AUDIOVISUAIS: A METAFUNÇÃO TEXTUAL E O SIGNIFICADO COMPOSICIONAL COMO
FERRAMENTAS PARA A ANÁLISE DE GÊNERO
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Victor Gomes Milani (UFSM)
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3 - PROCESSOS DE REFERENCIAÇÃO E
TEMATIZAÇÃO EM TEXTOS DE APRESENTAÇÃO PESSOAL NO ENSINO SUPERIOR
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Luciane Sippert (UFRGS\UERGS)
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4 - ESTRATÉGIAS DE RETEXTUALIZAÇÃO
DE UMA NOTÍCIA JORNALÍSTICA NA PERSPECTIVA DA LINGUÍSTICA SISTÊMICO-FUNCIONAL
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Sulany dos Santos (UFRGS/UEPG)
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Socialização acadêmica e letramento acadêmico: pressupostos
da distinção e seu valor para a reflexão do professor acerca de sua intervenção
em cenários escolares diversos.
Luciene Simões (UFRGS)
Desde estudos considerados seminais no
campo da pesquisa etnográfica em torno dos letramentos (como o trabalho de
Street, 1984, e de Heath, 1983, ou mesmo o estudo pioneiro de Scribner e Cole, 1981),
tem-se desenvolvido um campo fértil de estudos de recorte antropológico acerca
da escrita. Nesse campo, estão em foco as práticas sociais a que se veem
associadas as interpretações dadas por membros de grupos sociais variados ao
objeto escrita. Ao mesmo tempo, passa-se a interpretar o letramento, ou mais
especificamente literacy, em inglês, não
somente do ponto de vista da construção cognitiva da alfabetização, mas também
das práticas discursivas de que participam não indivíduos, mas grupos sociais e
seus membros. Nesse sentido, o estudo do letramento não se confina a temas
ligados a cenários de aprendizagem, ou mesmo de aprendizagem escolar, mas diz
respeito a qualquer contexto social em que a escrita ganhe relevo como objeto
social interpretado, que toma lugar na construção do mundo social por grupos
diversos. Desse panorama, surge, na discussão acerca dos ditos letramentos
acadêmicos, uma distinção até certo ponto didática, mas, a meu ver, produtiva
entre socialização acadêmica e letramento acadêmico (LEA e STREET;
1998, 1999). Nesta fala, pretendo apresentar de modo breve os pressupostos da
distinção e discutir seu valor para a reflexão do professor acerca de sua
intervenção em cenários escolares diversos, chamando atenção para a importância
de aspectos ideológicos e interacionais quando se trata de planejamento escolar
e do estabelecimento de planos de estudos, uma vez que qualquer objeto de
ensino-aprendizagem, mesmo os gêneros do discurso, podem ser tomados tão
somente como objetos de análise e de trabalho metacognitivo, desconsiderando,
no trabalho conjunto realizado na escola, questões cruciais de acesso a
práticas discursivas indispensáveis para que os sujeitos se apropriem dos
códigos implicados nas práticas de leitura e de escrita.